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  • Foto do escritorPatricia Fernandes

Bronquiolite viral aguda

Atualizado: 25 de jun. de 2020

A bronquiolite viral aguda é a doença respiratória mais comum em crianças menores de 2 anos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a bronquiolite viral aguda é responsável por cerca de 60 milhões de infecções com 160.000 mortes anuais em todo o mundo.


É uma doença causada pela infecção por vírus respiratórios e caracterizada pela inflamação e obstrução das vias aéreas secundária ao edema de mucosa e ao acúmulo de muco e de células epiteliais mortas.


O vírus mais comum nas bronquiolites agudas é o vírus Sincicial Respiratório (VSR) que é responsável por 60-90% dos casos; outros vírus como Influenza, Parainfluenza, Adenovírus, Rhinovírus e Metapneumovirus, entre outros, também podem estar envolvidos.


Em relação ao Vírus Sincicial Respiratório, a maioria das crianças é infectada no primeiro ano de vida e, virtualmente, todas as crianças serão expostas a ele até o segundo ano de idade. Re-infecções ocorrem durante toda a vida, entretanto o acometimento de vias aéreas inferiores predomina na primeira infecção.


Os pacientes apresentam inicialmente sintomas como coriza, tosse e febre baixa, podendo evoluir com piora da tosse e dificuldade para respirar, além da presença de sibilos (chiado no peito) ao exame físico. Outros achados como diminuição da oxigenação, dificuldade para se alimentar e sonolência também podem estar presentes.


Apesar de ser uma doença autolimitada na maioria dos casos, a bronquiolite viral aguda pode evoluir com insuficiência respiratória grave, sendo necessária internação hospitalar. A infecção bacteriana pulmonar concomitante (pneumonia) pode ocorrer em até 44% dos casos graves.


Além disso, cerca de 40% dos pacientes que tiveram bronquiolite aguda apresentam novos episódios de sibilância posteriores. Há também uma complicação rara denominada bronquiolite obliterante, que é uma sequela pulmonar do episódio de bronquiolite viral aguda e ocorre, em sua maioria, nas crianças que apresentaram quadros graves.


Desse modo, nos pacientes com piora ou persistência dos sintomas após o episódio de bronquiolite viral aguda, a avaliação do Pneumologista Pediátrico pode auxiliar no diagnóstico de complicações e seu tratamento adequado.







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