Meu filho positivou para COVID, e agora?

Seu filho fez um exame para covid e o resultado veio como um soco no estômago junto com a palavra: DETECTADO.⠀

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O primeiro passo é entender que a grande maioria dos casos de covid em crianças são leves. Eles podem apresentar sintomas semelhantes a um resfriado como febre, coriza, obstrução nasal e tosse, além de fadiga e diminuição do apetite. ⠀

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Um estudo publicado em 13 de janeiro nos EUA analisou os dados de 79.592 crianças que contraíram C@VID-19 e compararam as infeções pelas variáveis Delta e Ômicron. ⠀

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As crianças infectadas com a Ômicron tiveram menores taxas de internação hospitalar (risco de 1,04%), necessidade de internação em UTI (risco de 0,14%), demonstrando que a infecção pela atual variante em circulação tende a ter sintomas mais leves. ⠀

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O segundo ponto é entender que NÃO HÁ INDICAÇÃO de usar nenhuma medicação específica para o c@vid. Isso inclui, principalmente, Azitromicina e corticóides. ⠀

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Já estamos no terceiro ano de p@ndemia e temos bem estabelecido pela literatura que nenhuma dessas medicações tem benefícios em casos leves. ⠀

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Vamos lá: AZITROMICINA não diminui os dias de sintomas, não reduz a gravidade da doença e não diminui a chance de morte.⠀

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Assim, o tratamento preconizado para as crianças com c@vid é o mesmo de qualquer resfriado: remédios para febre e dor se necessário, lavagem nasal com soro fisiológico, hidratação e repouso. E nem preciso dizer que também não precisa de xarope pra tosse. ⠀

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Com o retorno das aulas, teremos ainda mais casos positivos em crianças e temos que estar preparados para enfrentar essa situação de forma racional e baseada nas evidências científicas.

Ainda que na maioria dos casos os sintomas sejam leves e de curta duração, a criança deverá ser acompanhada para avaliar a evolução dos sintomas, identificar complicações e a necessidade de tratamentos adicionais caso os sintomas persistam por mais de duas semanas.

Consulte sempre o especialista!